O bonding é aquela ligação especial baseada em olhares, contato e assistência que une genitor e filho desde os primeiros momentos de vida deste último.
Hoje em dia ouve-se com freqüência este termo inglês que define a ligação instantânea, especial e indissolúvel que caracteriza a união entre genitor e filho.
O bonding desenvolve-se no bebê através dos sentidos principais, escutando a voz e reconhecendo o cheiro da mãe, olhando em seus olhos, em princípio confusamente e em seguida sempre mais nitidamente, advertindo o contato com a sua pele. Os genitores, especialmente a mãe, acariciam e cuidam de seu bebê, desenvolvendo aquele instinto de assistência e proteção e dando vida a um vínculo único e indissolúvel.
Já nos primeiros momentos após o parto e durante a fase inicial da amamentação nasce entre a mãe e seu bebê uma comunicação íntima e profunda, que nutre-se de diálogos secretos, olhares compartilhados, emoções intensas.
Após algumas semanas pode-se já falar em "relações sociais" do bebê. O recém-nascido, de fato, fica cada vez mais desperto e comunica com o pai e a mãe através de olhares. Aos poucos, começa a retribuir os sorrisos e usar a própria voz, presta atenção nas palavras, fica feliz ao ouvir a imitação de seus primeiros sons.
Este entrelaçamento de olhares é fundamental uma vez que desenvolve a dupla função de tranqüilizar a criança e incentivá-la a melhorar continuamente estas suas primeiras e elementares tentativas de comunicação.
É boa prática, portanto, mantê-lo bem próximo durante os momentos de vigília, observá-lo e conversar com ele.
A mãe pode manter seu filho sob um olhar protetor, acomodando-o numa cadeirinha de descanso durante a execução das normais atividades quotidianas ou num carrinho com possibilidade de regulação do assento. O bebê pode olhar para a mãe nos momentos de necessidade e sentir-se tranqüilizado ou observar e interagir com o ambiente circundante nos momentos de curiosidade.
Para o recém-nascido, a presença da mãe e o efeito estimulante de seu olhar representa uma base efetiva indispensável para enfrentar mais serenamente as fases seguintes de desapego.